A mulher que era sua própria irmã gêmea

Biologicamente, a americana Lydia Fairchild pode ser considerada duas pessoas. Quando ainda era um embrião, ela “absorveu” sua irmã gêmea. Com isso, dois DNAs distintos convivem num mesmo corpo.

Isso se tornou um grande problema quando exames de DNA indicaram que Lydia jamais poderia ser a mãe legítima das suas próprias crianças.

A curiosa história ganhou atenção pública no início dos anos 2000. Lydia, com dois filhos e um terceiro a caminho, recorreu ao governo para receber auxílio financeiro. Antes da liberação do benefício, exames de DNA foram solicitados, para confirmar a paternidade do seu ex-namorado, Jamie Townsend.

Foi então que as coisas tomaram um rumo inesperado. Enquanto os testes indicavam que Jamie era o pai dos pequenos, eles também mostraram que Lydia não era a mãe biológica.

Sob suspeita de fraude, ela teve seu terceiro parto acompanhado por um oficial de Justiça. Logo após o nascimento do bebê, mais um exame de DNA foi realizado.

Segundo os resultados, era mais provável que Lydia fosse tia da criança. Contudo, ela não tinha irmãs.

Foram necessárias longas pesquisas para as autoridades compreenderem com o que estavam lidando. Em 1998, um caso similar foi registrado na família Keegan. Uma mulher chamada Karen precisava de um transplante renal e pediu aos seus filhos para verificarem se eram doadores compatíveis. Surpresos, eles descobriram que seu material genético não correspondia ao de sua mãe. As acusações contra Lydia foram retiradas pelo governo americano.

O que você precisa saber sobre quimeras

Este nome remete à mitologia grega. A quimera era um híbrido de vários animais, sendo comumente representada por uma criatura com cabeças de leão e cabra, além de rabo de serpente.

Cientistas já tentaram reproduzi-la em laboratório, usando elaboradas misturas de órgãos, sangue e assinatura genética – sejam de humanos, animais ou até plantas.

Entre humanos, a condição é registrada, geralmente, quando dois óvulos se fundem no útero. Ela também é identificada após transplantes de medula óssea, quando o paciente recebe células estaminais do seu doador.

 

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