Após mortes por sarampo, França estabelece vacinação obrigatória

Em 2018, todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) se tornarão obrigatórias na França. Apesar de ser berço das mais importantes descobertas em imunização, o país tem uma grande parcela da população contrária a este recurso, devido à sua suposta relação com o autismo.

O mesmo comportamento se repete por outras regiões da Europa, onde registra-se um preocupante número de casos de caxumba, rubéola e sarampo. Em grande parte do mundo, estas doenças deixaram de representar risco há décadas.

O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, considera inaceitável que ainda existam vítimas do sarampo no país. Em discurso, ele relembrou as conquistas de um famoso conterrâneo: o biólogo Louis Pasteur, que desenvolveu as primeiras doses contra raiva e antraz no século 19.

Vacinas são seguras para as crianças?

Muito se questiona acerca da vacina tríplice viral, que foi relacionada ao diagnóstico de autismo num estudo datado de 1999. A pesquisa, assinada pelo ex-cirurgião britânico Andrew Wakefield, teve uma duradoura repercussão em todo o mundo.

Mais pesquisadores se dedicaram a comprovar ou contestar a tese. O veredicto foi que não havia evidências comprovando essa hipótese. Em 2010, o Conselho Médico Geral do Reino Unido considerou que Wakefield agiu de maneira antiética e desonesta.

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