Cardiologista alerta sobre riscos relacionados ao inverno

Oficialmente, o inverno começará no próximo dia 20 de junho, mais precisamente às 19h34, dizem os especialistas. Como o tempo anda maluco, pode ser que ele chegue antes ou depois dessa data. Porém, uma coisa é certa: com a queda da temperatura, aumentam os riscos à saúde, como a piora no controle da hipertensão, por exemplo.

Segundo a American Heart Association (Associação Americana do Coração), a incidência de doenças cardiovasculares sobe de 20% a 25% durante essa época. Os riscos crescem, em especial, para pessoas que já apresentam alguma predisposição e para quem sofre de problemas do coração.

O cardiologista Fábio Lourenço Moraes explica: para que nosso corpo se proteja do frio e não perca calor para o ambiente, são produzidas alterações circulatórias. “Um dos principais processos envolvidos é a vasoconstrição.”

Outro risco correlacionado ao inverno é o aumento dos casos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Temperaturas baixas podem desencadear alterações circulatórias, o que levaria a um menor fluxo sanguíneo ao músculo cardíaco. Isso pode ocasionar angina cardíaca ou, até mesmo, um infarto agudo do miocárdio, associado ou não à morte súbita. “Portadores de diabetes ou com histórico familiar para essas patologias precisam ficar mais alertas”, observa Fábio.

O cardiologista reforça que, para os idosos, os perigos são ainda maiores. O frio pode agravar os sintomas da angina de peito, aumentar a pressão arterial e o risco de o idoso ter um evento cardiovascular. “Isso não significa que a queda das temperaturas cause, por si só, esses problemas”, diz. “O inverno age como um gatilho.”

Uma dica sempre válida é cuidar dos hábitos alimentares, assim como deve ocorrer nas outras estações do ano. “Existe uma tendência natural em praticar-se menos exercícios físicos e comer alimentos mais ricos em gordura, o que pode ocasionar descontrole dos fatores de risco para doenças cardíacas”, finaliza o especialista.

Fábio Lourenço destaca alguns sinais que podem identificar algum problema dessa natureza. “Dor de cabeça inesperada, dor aguda no peito ou nos braços, formigamento no rosto e alterações na fala e na marcha são indícios de que algo precisa ser investigado e, por isso, deve-se procurar um médico ou serviço de saúde mais próximo”, orienta.

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