Excesso de pelos em mulheres pode comprometer autoestima e interações sociais

O hirsutismo, como é chamado o excesso de pelos no corpo das mulheres, é um problema de ordem genética e tende a ser mais comum em pessoas com descendência árabe, turca e japonesa, entre outras etnias. Nestes casos, o excesso de pelo começa já na infância e tende a piorar na adolescência, quando ocorre a puberdade.

Alterações hormonais também podem levar ao aparecimento de pelos, quase sempre mais grossos e em “áreas masculinas” como abdômen e rosto. De acordo com a dermatologista Lilian Braga, do Instituto Braga de Sorocaba (SP), é preciso estar atento aos primeiros sinais de excesso de pelo. “Nota-se o crescimento desordenado logo na infância, o que pode ocasionar casos de bullying e, como consequência disto, o isolamento social da criança.”

O hirsutismo não traz prejuízos à saúde da mulher, mas pode comprometer a autoestima e as relações interpessoais no trabalho e na vida pessoal. “Ao ponto de fazê-la desistir de um relacionamento ou de buscar novas amizades. Ou até mesmo de sair de casa, ir à baladas, jantares e outros compromissos sociais.”

A boa notícia, explica a especialista, é que existem diversos métodos para tratar o excesso de pelos ou, ao menos, amenizá-lo. “As formas de tratamento são descoloração, depilação que pode ser por meio de raspagem (na qual a raiz não é removida) ou pela depilação com cera e linha (quando a raiz é retirada).

Pode-se fazer uso também de tecnologias como lasers e luz intensa pulsada. Segundo a dermatologista, cada método tem suas peculiaridades, mas com boa técnica e bons aparelhos, consegue-se resultados bastantes satisfatórios. “É importante, porém, uma avaliação dermatológica para analisar o tipo de pele, pelo, local do pelo e se existe alguma contraindicação para o tratamento. Tudo para minimizar riscos e aumentar a eficácia.”

Por fim, Lilian Braga desmistifica a ideia de que, se os pelos forem raspados, crescerão mais grossos. “É um mito. O que ocorre é que os pelos são mais grossos perto da raiz e mais finos na região distal. Por isso, quando raspamos, temos a impressão de que eles ficam mais grossos”, explicou.

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