Insatisfação com a própria vida é um sinal de alerta para o mundo dos negócios

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Pouco antes da pandemia, uma pesquisa desenvolvida pelo Grupo Consumoteca me chamou a atenção.

Segundo o estudo, uma parcela de 58% da população se revelou pouco ou nada satisfeita com a vida. Outros 41% disseram estar conscientes de que não estão fazendo tudo o que poderiam para ser felizes.

Note que estes dados são de antes da pandemia – então, o acontecerá após toda esta situação se normalizar? Simplesmente, ainda não sabemos. Não há nenhum levantamento nesse sentido.

Porém, a percepção é que, além da infelicidade, o temor (pelo desemprego, diminuição de renda e contato próximo com o risco de morte) e os sentimentos negativos com que o mundo convive há cerca de sete meses sairão fortalecidos. Isso é lamentável.

Na pesquisa da Consumoteca, o Brasil tem o nível de insatisfação com a vida mais elevado entre os demais países latino-americanos. Aqui, 57% das pessoas acham que precisarão se reinventar profissionalmente e 80% confessaram ter projetos que nunca saíram do papel.

Segundo o professor Christian Dunker, do Instituto de Psicologia da USP, o ambiente corporativo e as carreiras passaram a depender menos das competências técnicas e mais das habilidades socioemocionais – como o uso das inteligências não convencionais.

Portanto, os setores encarregados pelas comunicações estratégicas das empresas devem ficar atentos a quatro pontos específicos:

  • mais da metade dos brasileiros anda insatisfeita com suas vidas;
  • quase metade da população se acha capaz de fazer algo para ser mais feliz;
  • mais da metade acredita que precisará se reinventar em suas profissões e
  • 80% ainda têm sonhos, mas não foram à luta para realizá-los.

Não existe fórmula pronta para aproveitar estes indicadores a favor dos negócios, mas eles são indícios importantes sobre a sensibilidade da população brasileira.

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