Música e poesias marcam Festival da Cultura no campus Sorocaba

Entre os dias 26 e 28 de agosto, o campus Sorocaba da PUC-SP realizou uma nova edição do Festival da Cultura. À frente da organização das atividades estava o professor da disciplina de Ginecologia, Eduardo Coscia. O tema geral deste ano foi “Cultura insurgente: criação como resistência”.

Foram promovidas duas inserções artísticas. A primeira era um varal de poesias, exposto na escadaria da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) e denominado “Palavras que Pulsam”. Os textos foram escritos por alunos e professores e poderiam ser anônimos ou assinados. Já a segunda – feita de forma pontual, apenas no dia 27 – era uma apresentação musical de rock, com clássicos de Cazuza, Queen, Beatles, entre outros. A banda, inclusive, era composta pelo próprio professor, por residentes e alunos.

Eduardo reconheceu a importância deste evento como uma forma de unir a comunidade acadêmica: “Às vezes, as pessoas que estão na universidade têm um relacionamento mais distante entre si. Nesse caso, toda inserção de cultura e arte faz com que aqueles que não têm um contato próximo acabem convivendo numa situação fora do estresse do estudo ou do trabalho”. Ele prosseguiu: “Além disso, na medicina, [este tipo de ação] é importante pela humanização e socialização. Deixa as pessoas mais humanas, mais amorosas, [pelo fato de] trabalharem em conjunto. Tudo isso vem para somar na formação desses meninos”. Ele agradeceu à Reitoria pelo espaço concedido para a realização desta iniciativa.

Henrique Pessoa, aluno do 5º ano de Medicina, considera que este festival é um espaço de voz. “É um espaço para falar, sentir e pensar coisas que, durante a rotina, talvez a gente [a comunidade da PUC-SP] não aborde. Lidamos, sobretudo nos cursos de saúde, com o potencial, material e substância humana. Às vezes, isso pode se tornar uma experiência de vida muito bilateral”, ponderou. “O varal de poesias se tornou um espaço para nós falarmos.”

A idealizadora do varal de poesias, Maria Beatriz Zafiro, também do 5º ano de Medicina, se surpreendeu com a adesão dos membros da universidade. “Quando eu fiz a divulgação, pessoas de todos os anos, funcionários e professores quiseram participar. Até mesmo o diretor da FCMS enviou uma poesia”, revelou. “Escolhemos um local de alta visibilidade. Acho que o mais legal é que esta área [do conhecimento] pode parecer uma coisa muito isolada do mundo da arte, mas, aqui dentro, há muito mais do que médicos e estudantes”, comentou. “Daqui a um ano, estarei formada. Espero deixar aqui pessoas que queiram organizar [esse tipo de ação] nos próximos anos.”

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