“Não acredito na teoria da evolução”, diz médico que transplantou coração de babuíno para bebê

Em 1984, Stephanie Fae Beauclair se tornou a primeira criança a ser submetida a um xenotransplante (transplante de órgãos entre espécies diferentes) nos Estados Unidos. Diagnosticada com uma cardiopatia congênita fatal, ela recebeu o coração de um babuíno.

“O novo órgão começou a bater espontaneamente. Na sala de operações, todos estavam admirados. Não acho que houvesse um par de olhos sem lágrimas”, relembra a imunologista Sandra Nehlsen-Cannarella.

O responsável pela intervenção foi Leonard L. Bailey, pioneiro em pesquisas acerca de transplantes entre espécies distintas. Stephanie sobreviveu por 21 dias, o que foi considerado uma grande vitória para a medicina. Mas, infelizmente, seu corpo rejeitou o órgão devido à incompatibilidade sanguínea.

A equipe médica esperava substituir o coração do babuíno por meio de um aloenxerto (transplante entre indivíduos da mesma espécie, mas que não tenham ligação genética). Porém, não foi encontrado um doador a tempo.

Até a data, nenhum transplante de coração infantil tinha sido realizado com sucesso. O procedimento era conduzido apenas em adultos – e, ainda assim, havia começado somente duas décadas antes.

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