Imagine conseguir pintar um imóvel – qualquer um, desde um pequeno apartamento a uma arena de Copa do Mundo – e descobrir que o impecável resultado final exigiu 80% menos mão de obra e 30% menos tinta. Isso, que parece algo extraordinário ao cenário brasileiro, é rotina há mais de dez anos nos Estados Unidos e na Europa e é possível graças à utilização dos equipamentos airless, da norte-americana Five Star Painting.
De acordo com Bruno Sayão, que abriu uma franquia da empresa em Sorocaba, um equipamento airless exige apenas dois operadores, que substituem os dez pintores que o sistema convencional requer. “Ele também dispensa uma demão de pintura, o que representa 33% de economia em tintas e no tempo de execução da empreitada”, contabiliza. “Uma máquina, um aplicador e um alimentador pintam, em média, 200 metros quadrados por hora, o equivalente a dois mil metros quadrados por dia”, assegura.
Classificada como a melhor empresa de pinturas e a quarta em serviços residenciais no mercado da América do Norte e considerada uma das 50 maiores franquias norte-americanas, a Five Star possui mais de 80 unidades nos Estados Unidos, Canadá e México; chegou ao Brasil em 2010 e foi escolhida para pintar as arenas Mané Garrincha (DF), Fonte Nova (BA) e Beira Rio (RS), o estádio Couto Pereira (PR) e o aeroporto Viracopos, em Campinas.
Segundo Bruno, o airless é um método de pulverização criado nos anos 60 a fim de atender aos novos processos de pintura. O produto é perfeitamente atomizado, ou seja, reduzido a microscópicas partículas, sem a necessidade de utilizar o ar. “Os equipamentos airless elétricos geram uma alta pressão que varia entre 500 e 3.000 psi. Assim, a tinta passa através de um pequeno orifício difusor altamente preciso, localizado na saída da pistola e chamado de bico pulverizador”, explica.
O produto atomizado adquire grande velocidade, sofrendo rápida expansão, rompendo as partículas e reduzindo as nuvens de tinta, conhecidas como overspray. “Isso torna a atomização suave e proporciona alta economia de material”, garante Bruno.
Nesse sistema, consegue-se obter uma melhor distribuição da massa ou da tinta, menos poluição na área de trabalho e a possibilidade de aplicar camadas mais espessas por demão. “Além disso, há uma redução substancial do desperdício, permitindo aplicações mais rápidas para qualquer tipo de pintura imobiliária”, finaliza Bruno.