A abundância de reservas de gás offshore entre a Tanzânia e Moçambique tem sido reconhecida há mais de uma década. Embora a demanda regional seja limitada, o Gás Natural Liquefeito (GNL) surge como a opção ideal, permitindo o transporte global via navios-tanque.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, tradicionalmente o maior fornecedor de gás do mundo, provocou um aumento significativo na demanda global de gás.
O cenário também fortaleceu a determinação europeia em diversificar suas fontes de gás, aumentando as importações de GNL e acelerando o desenvolvimento de projetos de energia renovável.
Essa conjuntura reacendeu o interesse na expansão da produção de GNL na África, particularmente na Tanzânia.
Um consórcio liderado pela Shell, Pavilion Energy e Medco Energy controla os principais blocos de gás no país. Estima-se que o gás será canalizado a 100 km de campos offshore para uma futura planta de liquefação em Lindi, um investimento massivo que terá um impacto substancial na região.
Além do gás, a Tanzânia vem experimentando um forte retorno do turismo, uma importante fonte de receita para o país. O governo tem se comprometido a investir em infraestrutura de energia, água e transporte.