Na noite deste 4 de agosto, foram oficialmente abertas pela pediatra e coordenadora do Berçário do Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), Celeste Sardinha, as atividades da Semana da Amamentação da Unimed Sorocaba. Na sequência, a enfermeira Debora Haro, da UTI Neonatal, proferiu a palestra Colostroterapia. As atividades se estenderam até o dia 7. O diretor administrativo do HMS, Edson Cumpian Paulossi Junior, compareceu à cerimônia.
Ao falar aos presentes, Celeste Sardinha explicou a importância das Semanas Mundiais do Aleitamento Materno – esta é a 23ª edição – e traçou uma analogia entre a amamentação e os Objetivos do Milênio, destacando oito pontos nos quais ambos se inter-relacionam.
Espaço Mama Bebê
Além dos eventos comemorativos, a Unimed Sorocaba conta com um espaço dedicado ao aleitamento durante todo o ano, onde as mães recebem apoio, estrutura e assistência ao encontrar qualquer dificuldade em amamentar o bebê. Batizado de Mama Bebê, o local tem como objetivo incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses.
A unidade intervém nos problemas mais comuns que provocam o desmame precoce e promove a autoconfiança da mãe para que mantenha o aleitamento. “O atendimento é realizado quando a mãe encontra alguma dificuldade para amamentar”, orienta Dilma Medeiros Bertoldo, coordenadora da Medicina Preventiva.
No espaço, fica à disposição uma enfermeira que, no momento da amamentação, avalia a mamada e recomenda dicas que vão desde como segurar o bebê até técnicas para a ordenha, passando por esclarecimentos sobre as melhores posições para o aleitamento. Tudo isso, é claro, sem deixar de lado os cuidados fundamentais com as mamas. “Acolhemos as mães lactantes e diminuímos sua insegurança, seu medo e suas dúvidas”, afirma Dilma.
O espaço Mama Bebê está situado na Sede da Medicina Preventiva da cooperativa (localizada na Rua Salvador Corrêa, 485, Jardim Vergueiro). Para participar, é preciso agendar horário pelo telefone (15) 3333-1500. Não há restrição em relação à idade da criança.
Os benefícios da amamentação não se restringem apenas ao bebê: a saúde da mãe também é favorecida. Por questões hormonais, o aleitamento diminui riscos de câncer de mama, de útero e do endométrio. “Além disso, diminui os riscos de hipertensão e infarto, graças à perda de peso observada durante o período”, explica Celeste Sardinha.
A médica destaca que o aleitamento materno está associado, inclusive, à redução de perda de sangue pós-parto e da osteoporose. “Amamentar só traz vantagens para o bebê e também para a mãe”, reforça.
Ao bebê, além de diminuir o risco de anemia, cólicas e alergias e estimular o desenvolvimento da musculatura oral e da fala, a amamentação prolongada pode aumentar o QI (coeficiente de inteligência). “Isso acontece graças à composição do leite materno, que contém, entre tantos elementos, a galactose. Ela é formadora da bainha de mielina no cérebro, responsável pela condução de impulsos nervosos de forma mais rápida”, afirma Celeste.
Segundo a pediatra, as interações físicas e emocionais que se estabelecem durante a amamentação também podem causar uma alteração permanente no desenvolvimento do cérebro. “Isso aumenta o QE (coeficiente emocional), já que o vínculo aprimora a capacidade de resolução emocional da criança.”