Segundo dados da Serasa Experian, uma em cada duas empresas brasileiras estava com alguma dívida atrasada em julho. Em números, isso equivale a 3,5 milhões das 7 milhões de companhias operando no país. A estatística é recorde desde que o registro começou, em 2012, quando 2,99 milhões de empresas estavam nessa situação.
Um dado preocupante é que 91% das inadimplentes são de pequeno ou médio porte. Nesse cenário escuro, as factorings estão altamente vulneráveis. Essa é a opinião do advogado Gustavo Campanati, do Escritório Almeida Neto e Campanati (foto), de Sorocaba. O problema, segundo ele, é que a maioria das factorings liberou muitas operações de antecipação de recebíveis sem critérios rígidos de análise.
“Com a estagnação da economia, o aumento da inadimplência e, muitas vezes, a vulnerabilidade jurídica dos contratos firmados, elas podem enfrentar sérios problemas para receber os títulos que compraram”, alerta Campanati.