A série 13 Reasons Why, da Netflix, fez o maior sucesso ao mostrar os 13 motivos pelos quais a protagonista desejava morrer. Porém, na contramão desta linha de pensamento, alunos da Oxford High School (EUA) apresentam 13 razões para continuar vivo.
Toda manhã, ao longo de 13 dias, a escola inteira acompanhou as transmissões de diversos estudantes, que explicavam por quais problemas estavam passando e, ao fim da gravação, agradeciam a um colega que havia lhes ajudado.
A ideia é mostrar que, ao contrário do que o seriado pode sugerir, o suicídio não é a solução. Sempre há esperança.
Gravações emocionam corpo estudantil
Um dos áudios foi narrado pela estudante Riley Juntti, que cursa o último ano do ensino médio. Ela relembra todas as ofensas que já ouviu, vindas da mesma pessoa, sobre sua aparência e seu comportamento.
“Esta fita é sua, Elise Godfrey. Você me enxergou quando ninguém mais estava ao meu lado. Continuou me ouvindo, compartilhando e aproveitando as pequenas coisas comigo. Obrigada pela sua bondade. Não sei como recompensá-la. Você é um dos meus 13 porquês não.”
No Brasil, Ministério Público recomenda boicote à série
O Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente e da Educação (Caop-CAE) do Ministério Público da Paraíba se posiciona contra o seriado 13 Reasons Why. A promotora Soraya Escorel justifica que os episódios não deveriam ser vistos pelos jovens “por conterem cenas muito impactantes”. Porém, ela reconhece a abordagem de assuntos delicados, como bullying, estupro, depressão, suicídio e falta de acesso a cuidados adequados em saúde mental.