Apesar de ter celebrado vinte aniversários, a americana Brooke Megan Greenberg permanecia, física e cognitivamente, um bebê. Seus médicos, perplexos, denominaram sua condição como Síndrome X, tamanha sua raridade.
Quando veio ao mundo, em 1993, Brooke pesava apenas 1,8 kg. Mas, como parecia saudável e feliz, era impossível imaginar que ela se tornaria um dos maiores mistérios da medicina moderna.
Com o passar dos meses, seus pais começaram a notar alguns detalhes preocupantes.
Enquanto os cabelos e unhas da garotinha cresciam normalmente, seu corpo não acompanhava o desenvolvimento. Não demorou até inúmeras condições graves de saúde darem as caras. Aos quatro anos, Brooke dormiu por 14 dias seguidos. Especialistas identificaram a causa como um tumor cerebral. Porém, ela acordou espontaneamente – e os exames não mostravam nenhuma anormalidade no cérebro.
Vítima de problemas respiratórios, Brooke faleceu em 2013, medindo 76 cm de altura e pesando pouco mais de sete quilos. Na época, sua idade mental equivalia à de um bebê. Ela não podia falar ou andar – e ainda tinha seus dentes de leite.
O que os médicos dizem sobre a Síndrome X
Ao longo dos anos, a família Greenberg buscou ajuda em inúmeros hospitais e clínicas. Curiosamente, não foram observadas anomalias cromossômicas em Brooke.
O endocrinologista Richard Walker, da University of South Florida College of Medicine (EUA), explica que cada parte do corpo da jovem se desenvolvia num ritmo diferente. “Esta condição é uma oportunidade única para compreendermos o processo do envelhecimento”, comenta.
Pelo mundo, estima-se que existam somente cinco outros pacientes com o mesmo diagnóstico.