A perda da visão não precisa, necessariamente, significar a perda da independência. Esta é uma das máximas da companhia americana Alphapointe, que emprega, atualmente, mais de 100 cegos.
Com mãos habilidosas, eles são capazes de produzir desde instrumentos de escrita até materiais de limpeza.
Um dos rostos mais conhecidos no espaço é o de Damian Martin, que gerencia, reabilita e treina outros colaboradores há quase uma década. Apesar de sua condição, ele garante nunca ter sido tratado de forma diferente ou discriminatória.
O presidente da Alphapointe, Reinhard Mabry, assegura: “Se alguém precisar de instruções em braille, caracteres grandes ou áudio, nós ofereceremos. Quando recebem a chance de mostrar seu valor, os deficientes visuais são capazes, produtivos, habilidosos e leais”.
Durante os treinamentos iniciais, os funcionários com visão normal usam recursos para observar e compreender o mundo como um cego.
Esta iniciativa proporciona uma oportunidade de ascensão social e profissional. Nos EUA, em torno de 70% dos adultos cegos estão desempregados. Este número é alto desde o século passado – tanto que, na década de 30, o presidente Franklin Roosevelt sancionou uma lei que obrigava as agências federais a adquirir produtos manufaturados por deficientes visuais.
Estamos no caminho certo da inclusão, mais ainda temos muito trabalho a fazer.