Investir no bem-estar e fortalecer os relacionamentos no ambiente corporativo. Estes foram os objetivos que levaram o restaurante La Doc, no Campolim, e o Olga Bar, no Jardim Astro, a oferecer aulas de ioga e ginástica laboral aos colaboradores.
Há cerca de um mês, as equipes participam de sessões de ioga durante o horário de trabalho. As aulas são conduzidas pelo professor Lucas Cavallari de Almeida. “Ioga é um caminho de autoconhecimento que tem como objetivo nos reconectar com nossa verdadeira natureza que é amorosa, consciente, tranquila. Com a prática vamos aprendendo a viver a vida plenamente com equanimidade, sem se deixar abalar pelos altos e baixos da existência”, explicou.
De acordo com Marcos Atalla, sócio do La Doc e do Olga, a ideia de implantar as sessões de ioga surgiu após leituras sobre ginástica laboral e observação de grandes empresas que investem no bem-estar dos colaboradores. “As organizações já perceberam que a sua produtividade está diretamente relacionada com o bem-estar de seus colaboradores. O efeito é a longo prazo e estas iniciativas melhoram o relacionamento entre os funcionários”, disse.
Segundo Marcos, as ações aumentam a motivação dos colaboradores. “Eles reconhecem que a empresa está preocupada com seu bem-estar, o que aumenta sua produtividade; há uma redução de custos com relação às doenças de trabalho; estreita-se o relacionamento interpessoal dentro da empresa, facilitando processos; os funcionários se sentem estimulados a buscar, em seguida, um maior aperfeiçoamento profissional, o que acaba revertendo numa equipe com melhor formação profissional”, disse.
Estresse afeta 90% da população mundial
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta hoje mais de 90% da população mundial. A condição está associada à ocorrência de diversas doenças como patologias metabólicas, cardiovasculares, gastrointestinais, distúrbios do crescimento, câncer, depressão, distúrbios reprodutivos e doenças infecciosas.
As pressões e tensões do cotidiano profissional afetam a condição emocional, física e mental, interferindo na qualidade de vida, fazendo com que os indivíduos enfrentem crescentes problemas decorrentes do estresse moderno – considerada a doença do século. Trata-se de um problema que atinge pessoas ainda jovens, em idade produtiva e que geralmente ocupam cargos de responsabilidade, diminuindo sua capacidade produtiva e consequentemente gerando despesas diretas e indiretas.
Um profissional saudável, que se sente bem no ambiente de trabalho, produz muito mais do que aquele que não se sente bem. E esta produtividade é tanto em termos qualitativos (melhor relacionamento, atendimento ao cliente, clareza mental, comunicação, motivação e confiança) como em termos quantitativos (aumento de vendas, redução de desperdícios e acidentes de trabalho).