Desde que a SZS foi fundada, em 1993, ela se especializou muito em comunicação dirigida a médicos. Também atendeu algumas instituições ligadas à área da saúde, como, por exemplo, a Faculdade de Medicina da PUC-SP, a Unimed Sorocaba e a Associação Paulista de Gestão Pública (esta última, por sua vez, administra hospitais, UPAs, residências terapêuticas, CAPs e Samus em diversas cidades brasileiras).
A dúvida sempre é: o que um médico pode fazer no âmbito da assessoria de imprensa?
O primeiro ponto a ser destacado é que a assessoria de imprensa é, praticamente, o único canal permitido pelo Código de Ética Médica no que tange à comunicação.
Na assessoria de imprensa, um dos caminhos é oferecer pautas aos veículos de comunicação. O outro é quando a imprensa o procura e você responde às suas dúvidas – que, quase sempre, são ligadas a questões de uma patologia específica, ou temas sazonais. No inverno, por exemplo, aborda-se a saúde dos idosos, e por aí vai.
Assim, aproveite para oferecer aos jornalistas informações úteis para o momento. Se a situação atual é uma crise de dengue, esse assunto pautará a imprensa por muitos dias. Proponha releases nesse sentido. Porém, nunca sugira nenhuma dica que possa ser confundida com uma orientação de tratamento – isto é, uma consulta.
E nunca permita a liberação de fotos no estilo “antes e depois”.
Vale relatar um caso de uma médica (que não é do estado de São Paulo) que tinha uma amiga colunista social e, ao inaugurar sua clínica, teve o espaço divulgado num jornal da cidade.
Foi uma gentileza da jornalista, contudo, isso constituiu uma grave violação ao Código de Ética, porque não deixava de ser uma propaganda. Num determinado ponto da matéria, constava endereço e telefone do consultório.
A médica sofreu uma punição severíssima.
É isso que a SZS transmite aos seus assessorados: nunca incorrer numa divulgação que esbarre nesses preceitos. Há tantos caminhos para passar informações à imprensa! Não vale correr esse risco.