O que vou escrever talvez seja útil, ou não. Não curto esse lance de me colocar como dono da verdade, alguém que tem algo a “ensinar”. Não tenho – nem nunca tive – essa pretensão. Gosto de contar o que vivi e aprendi (neste caso, como assessor de imprensa). Cada um faz o que quiser com isso.
Pode rir, desprezar ou pensar: “hum, talvez ele tenha razão”.
Acredito que esse negócio de ficar dias planejando ações de assessoria de imprensa é muito mais para valorizar o passe do jornalista-assessor do que algo concreto, que realmente traga muitos resultados diferentes. Não é preciso reinventar a roda quando se sabe como a roda vira.
Em anos de assessoria, aprendi que as rodas da imprensa local, regional, nacional e, nas vezes em que emplacamos notícias fora do Brasil, internacional giram.
Se você tem uma boa informação, ela vira notícia. Se não tem, não há rocambole que a faça virar.
Aprendi que é preciso ter toneladas de paciência em estoque para aguentar cliente ansioso. Mas tem um tipo ainda pior, aquele que pensa que é um gênio e descobriu a fórmula mágica para se promover: “em vez de pagar os tufos em anúncios publicitários, prefiro contratar um (mané) assessor de imprensa”.
Por isso, sempre penso muito em aceitar gente ou empresa “pequena”. Veja: não me refiro a faturamento, número de funcionários ou algo assim. Gente ou empresa pequena são as oportunistas. Acho melhor deixar de faturar do que aturá-los.
Finalmente, descobri que, na profissão de assessor, nunca se deve ser subserviente.
Nem para os colegas das redações, nem para os clientes. Mas só se pode ser firme quando se é competente. Não sou o melhor assessor de imprensa do mundo (sei muito bem disso), mas sou muito bom no que faço e, por isso, até que sou bem respeitado.
Penso que o caminho seja esse.
Por Sérgio Said, sócio-proprietário da SZS Comunicação Digital Integrada