O câmbio instável tem atraído cada vez ao país estrangeiros em busca da estética ideal. Norte-americanos, canadenses, ingleses, suíços, franceses, libaneses e latino-americanos ajudaram a aumentar o número de cirurgias plásticas realizadas no Brasil nos últimos meses.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), os estrangeiros foram responsáveis por 3% – cerca de 20 mil – dos 457 mil procedimentos estéticos realizados em hospitais e clínicas nacionais. Há cinco anos, esse porcentual não passava de 1%.
Para o cirurgião plástico Eduardo Braga, do Instituto Braga, de Sorocaba, além da vantagem financeira, o aumento na demanda comprova o alto nível dos especialistas brasileiros. “Há pacientes que saem de países desenvolvidos, como a Suíça, por exemplo, para serem operados aqui. Eles dizem que não têm confiança para fazer o mesmo procedimento por lá”, conta.
Braga recorda, ainda, que as cirurgias plásticas não fazem parte da maioria dos procedimentos nos hospitais de ponta, o que torna o atendimento de clínicas especializadas mais viável. “Ainda que a moeda nacional esteja mais atraente para o estrangeiro, sai mais barato operar em clínicas voltadas à intervenção estética do que nos grandes complexos de saúde”, indica.
O especialista orienta que o turista pesquise, além do currículo médico, o local onde a operação será feita. O alerta é que muitos pacientes vindos de outros países não conhecem a clínica escolhida, comprometendo sua saúde e o sucesso do procedimento.
“É bom ouvir a indicação de pessoas que tenham feito cirurgias bem-sucedidas e entrar em contato com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para comprovar a idoneidade do cirurgião”, aponta.