Como se não bastasse tudo o que a pandemia tem causado, a dengue também está presente neste 2021. Alguns dos sintomas dessas doenças são comuns entre si e com os de outras patologias menos graves. Por essa razão, a população precisa estar atenta a esses sinais, não os menosprezar e sempre procurar o atendimento médico para que o diagnóstico seja feito.
Primeiro, vale lembrar que febre e dor de cabeça e no corpo são sintomas comuns a mais de uma doença. Isso tem levado muitas pessoas a acreditar, erroneamente, que contraíram o novo coronavírus, quando, na verdade, não foram infectadas por ele. Só que esses mesmos sintomas também aparecem em quem foi infectado pelo mosquito da dengue. A coinfecção, quando temos as duas doenças ao mesmo tempo, também pode acontecer, porém, é um evento infrequente.
A médica infectologista e responsável pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Dr. Miguel Soeiro, doutora Marina Jabur, destaca alguns pontos que podem diferenciar as duas enfermidades, mas reforça que “o diagnóstico sempre deve ser feito por um médico e tão logo surjam os primeiros sintomas; além disso, não podemos esquecer que estamos em meio a uma pandemia e, por isso, aos primeiros sinais de febre, por exemplo, é imprescindível fazer o isolamento social e respeitar os protocolos sanitários, até que se saiba qual foi o resultado do teste para a Covid-19”.
Alguns diferenciais entre Covid-19 e dengue:
- a Covid-19 costuma causar febre baixa (abaixo de 38º C), tosse seca, fadiga, dor muscular e de cabeça, perda de olfato e paladar, falta de ar aguda, diarreia, dor abdominal, vômito e conjuntivite. Erupções cutâneas podem ocorrer, mas são menos comuns;
- já a dengue se mostra a partir de sinais como febre alta (acima de 38º C) e de início súbito, dor intensa no corpo, manchas vermelhas na pele (aparecendo, geralmente, quando a febre vai embora) e vermelhidão nos olhos. A cefaleia é intensa e há dor atrás dos olhos. Os sintomas respiratórios não são tão são comuns.