O curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP recebeu, em agosto, seu primeiro grupo de intercambistas do Programa de Mobilidade Acadêmica para Cursos Acreditados (Marca). Isto aconteceu devido ao reconhecimento de qualidade acadêmica pelo Sistema de Acreditação Regional de Cursos Universitários Mercosul (Arcu-Sul), recebido este ano. Trata-se do primeiro curso de Enfermagem de uma instituição de ensino superior brasileira privada a obter esta condecoração.
O grupo é formado por três alunos intercambistas que desejam adquirir conhecimentos sobre a cultura e educação do País. Dentre eles, estão um boliviano e duas argentinas. Todos do programa estão cursando o 3° ano de Enfermagem no Brasil e ficarão até dezembro.
Dirce Sesuko Tacahashe, coordenadora do curso, acredita que “a troca cultural, a diferença no idioma e a divergência no sistema de saúde dos países são experiências não só voltadas ao curso, mas para toda a vida”.
As argentinas Carla Sanches e Yanina Pinto ressaltam a diferença no ensino. “O método daqui é melhor, já que a aula é feita em grupo”, concordam. “O povo é excelente, muito atencioso. Uma experiência linda”, resumem.
Já Carlos Freddy Noro Villarroel veio ao Brasil pois queria conhecer a realidade do País. “Estou gostando muito daqui. Só vejo pessoas boas, que desejam me ajudar. Voltarei muito melhor para a Bolívia.”
Além desses alunos, o curso recebe também uma estudante da Suíça, pelo programa federal “Ciência Sem Fronteiras”. Para Ynaée Aymon (que sabe falar português por sua mãe ser brasileira), o Brasil é um país extremamente receptivo e a troca de cultura e experiências é fundamental à carreira. “Eu já vim aqui nas férias e pretendo trabalhar no Brasil no futuro”, conta.
Alunas da FMCS também participaram de intercâmbio
Mas há, também, quem saiu da FCMS para estudar fora, pelo programa federal Ciência Sem Fronteiras. É o caso das estudantes Ana Paula Vieira de Campo, que estudou um ano na Universidade de Aveiro, em Portugal, e de Luciana Gomes de Almeida, que cursou seis meses na University of Lethbridge, no Canadá.
Ana Paula está no 3° ano do curso e gostaria de ter ficado mais no país lusitano; porém, disse que a experiência adquirida já é ótima. “Lá, nós mesmos montamos a grade de estudo. Assim, pude escolher gerontologia, algo que no Brasil não tem no curso.” Já Luciana destaca o método diferente de ensino, o povo canadense e o frio que faz no país: “O curso de Enfermagem que cursei lá era mais voltado à saúde pública, para atender comunidades, por exemplo. Cheguei a pegar -52ºC de sensação térmica. Não podia nem sair de casa. E o povo lá é muito educado, mas é fechado. E, nisso, o Brasil ganha disparado, porque as pessoas daqui são muito alegres”.