Cientistas da Austrália e Japão se uniram para desenvolver um exame de sangue capaz de detectar os primeiros sinais do mal de Alzheimer. O teste enfoca a proteína beta-amiloide, fortemente implicada nesta doença. De acordo com os pesquisadores, garante-se precisão de 90% nos resultados. Com o tratamento nas fases iniciais da patologia, é possível desacelerar sua progressão.
Ao todo, foram avaliados 121 pacientes japoneses e 252 australianos. As condições de saúde variavam – enquanto alguns eram saudáveis, outros tinham problemas cognitivos ou, de fato, o mal de Alzheimer.
O objetivo do exame é prever o comportamento e os níveis da beta-amiloide no cérebro. Ao acumular-se, ela destrói as sinapses e forma placas, levando as células nervosas à morte. Até hoje, este é o teste mais apurado já feito neste sentido.
Porém, o professor Colin Masters, do Instituto de Neurociência e Saúde Mental de Florey (Melbourne, Austrália), alerta que ainda são necessários aprimoramentos antes de iniciar as pesquisas clínicas, em mais indivíduos.
Você sabia?
Pode levar até 30 anos para o paciente apresentar sintomas do Alzheimer – como, por exemplo, a perda de memória. Por enquanto, não existe um marcador biológico que confirme a doença. Os médicos realizam o diagnóstico por meio de testes para avaliar a memória, estado mental, atenção, concentração, comunicação e outras habilidades do paciente. Métodos de imagem, laboratoriais e biópsias também são utilizados para confirmar as suspeitas.