Máquinas de ressonância magnética são, por natureza, claustrofóbicas. Durante 30 minutos, o paciente deve permanecer imóvel num ambiente reduzido e escuro. Alguns hospitais até oferecem equipamentos com novos recursos de iluminação e ventilação; porém, mesmo assim, é inevitável sentir tédio durante o processo.
Agora, tente ver essa situação pelos olhos de uma criança.
“Algumas destas máquinas se parecem exatamente com tudo o que sua mãe não considera seguro”, comenta o designer Erik Kemper, da GE Healthcare. No Hospital Infantil de Petersburgo (EUA), quase todos os pacientes com menos de nove anos precisaram ser sedados para passar por exames de imagem.
Estes dados inspiraram a equipe da GE a transformar a experiência da garotada.
“Usamos a imaginação em nosso favor”, explica a radiologista Kathleen Kapsin, de Petersburgo. “Antes, as crianças se agarravam às suas mães e choravam [por serem submetidas aos exames]“, diz. “Hoje, elas se empolgam [com esta perspectiva].”
Na sala de imagem, os novos equipamentos proporcionam aventuras lúdicas. No caso da ressonância magnética, por exemplo, sua decoração sugere uma viagem intergalática – e o barulho característico do aparelho é justificado como se a “espaçonave” estivesse atingindo uma velocidade superior à da luz.
As novidades custam de US$ 50 mil a US$ 100 mil, estima a GE Healthcare. Há, ainda, a possibilidade de oferecer óculos (US$ 40 mil) que transmitem filmes à escolha do paciente.
Kathleen aprova a ideia. O teor leve e descontraído do ambiente ajuda a acalmar tanto os pequenos quanto seus pais. “Em vez de se submeter a uma tomografia, você visita uma ilha com piratas. Quando você põe seus pés na areia, há um macaco brincando num cipó – e você pode interagir com ele”, revela.
Um dos pontos altos do projeto?
Uma criança perguntou aos seus pais se poderia passar pelo exame de novo.
(Via Journal Sentinel)