Muito mais que um simples nariz vermelho

O grupo Pucalhaços atua para entreter pacientes hospitalizados e profissionais de saúde por meio da arte do Clown, um exercício de reconhecimento do mundo pela experiência da emoção do corpo. O intuito é diminuir os receios dos internados e contribuir para uma melhor socialização durante a estadia na instituição médica. Abre-se um olhar crítico para elevar, ainda mais, a humanização dos estudantes da área de saúde, alavancando a formação de profissionais com uma visão diferenciada sobre o paciente.

Neste ano, o Pucas (apelido carinhoso dado pelos integrantes) promoveu a Ação da Páscoa, que consistiu na arrecadação de ovos de chocolate para as crianças do Centro Familiar de Solidariedade (Cefas); realizou visitas internas ao Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci) e participou do Projeto ABC, organizado pela Liga de Pediatria da PUC (formada por alunos do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde).

Projetos

Atualmente, o grupo estuda o retorno das visitas ao Lar dos Velhinhos e a retomada das ações referentes ao Dia das Crianças e Natal.

Conheça mais sobre os Pucalhaços

Segundo Amanda Mello Pinheiro, atual presidente do Pucas, o movimento representa a humanização de cada indivíduo, permitindo aguçar a capacidade de olhar, ouvir e falar com todos. “Para mim, fazer parte do Pucas é, realmente, algo que me molda todos os dias como futura profissional da saúde”, revela.

Ela explica que o grupo a ajuda a entender o paciente como um todo e prestar atenção a cada um dos seus gestos e das pessoas que estão ao redor. “Você aprende que aquele ser humano é muito mais do que a doença dele; é um indivíduo com sentimentos e aflições. A partir do momento em que conseguimos pensar assim, exercemos nossa empatia e fazemos a estadia no hospital um pouquinho mais leve”, complementa.

Fato que marcou

Amanda afirma que já vivenciou diversos momentos emocionantes na sua trajetória, mas destacou dois que a marcaram de diferentes formas. “Uma vez, já na pandemia, fomos visitar uma comunidade. Estávamos todos de máscara. Duas meninas, com idades entre três e quatro anos, estavam me encarando e eu fui brincar com elas. No meio da brincadeira, uma delas abaixou minha máscara e, enquanto eu a colocava de volta rapidamente, a menininha falou para a outra ‘Viu? Eu falei que ela tinha boca’. Dei muita risada com aquele momento.”

Porém, nem sempre as coisas são engraçadas. “Na nossa última visita interna, fomos ao Gpaci. Naquele dia, presenciei uma criança chorando muito, relutante para fazer o tratamento. Eis que outro menino chega – um amiguinho – e vai falar com ele, para oferecer apoio e palavras de incentivo. Isso me fez ver como essas crianças são fortes, enfrentando problemas de saúde com um grau de dificuldade altíssimo (que, muitas vezes nem os adultos têm ideia da complicação), mas sem dar brechas para tempo ruim”, relembra.

O Pucalhaços, no presente momento, conta com a seguinte equipe: Amanda Mello Pinheiro (presidente); Beatriz Casagrande Stenghel (vice-presidente); Ana Carolina Melo Stanzani (marketing); Larissa Marin Russo (tesoureira); Octavio Augusto Coimbra (secretário); João Otavio Lima Oliveira (diretor de Internas); Poliane Stefani Siqueira (diretor de Externas); Samira de Lima Araújo Miguel (diretora de Capacitação) e Amanda Barbosa (diretora de Capacitação).

Os interessados em saber mais ou participar do Pucalhaços podem consultar o Instagram @pucalhacos_pucsp.

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