No mês de agosto foram realizadas ações no Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) voltadas ao Protocolo Manchester. O programa é destinado aos cooperados, enfermeiros e outros profissionais da Unimed Sorocaba e foi desenvolvido pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), na Sala de Aula da instituição de saúde. Seus organizadores foram as diretorias do hospital, o Serviço de Enfermagem e o departamento de Recursos Humanos da cooperativa médica.
No dia 25, houve uma palestra de sensibilização para toda a equipe do HMS. Já nos dias 26 e 27, a aplicação do protocolo foi abordada em uma capacitação específica para médicos e enfermeiros. As atividades promoveram a compreensão do quanto a metodologia é importante para a gestão das portas de entrada dos serviços de emergência.
Segundo Paulo Hungaro Neto, vice-presidente da Unimed Sorocaba, o protocolo é uma maneira de organizar o acesso do cliente. Ele prioriza a questão das emergências com um enfermeiro atuando na triagem. “Anteriormente, o protocolo era realizado por técnicos de enfermagem”, explica Bruna Pagliaro, gerente da Enfermagem.
De acordo com a médica Luciana Maria de Andrade Ribeiro, da Emergência Pediátrica do HMS, a instituição utilizava um protocolo adaptado do Sistema Manchester. O mesmo define três níveis de prioridade de atendimento: vermelho (emergência), amarelo (urgente) e azul (pouco urgente).
“Com a implementação do Sistema Manchester, o HMS passa a ter integração com o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, de maneira semelhante a outros hospitais no país. Ele faz parte, agora, de um grupo de hospitais de excelência distribuídos pelo mundo que utilizam esse protocolo”, pontua Luciana.
A doutora Luciana, da Emergência Pediátrica do HMS, ainda conta que, a partir da implantação do sistema, o hospital passará a utilizar cinco níveis de prioridade: vermelho (emergência), laranja (muito urgente), amarelo (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente). “Cada nível de prioridade terá fluxos de atendimento definidos”, explica.
Ela participou do curso de capacitação, junto aos enfermeiros que serão responsáveis pela realização da classificação, e foi nomeada auditora médica do Sistema Manchester do HMS, ao lado de Sérgio Lopes, enfermeiro-chefe da Emergência. Ambos passam a integrar o Comitê de Implantação do Sistema Manchester no hospital. “Desde então, realizamos um trabalho de exposição da funcionalidade do sistema para diversos colaboradores e gestores do HMS – bem como para a equipe médica da Emergência –, enquanto se fazem os preparativos estruturais, como as cores para identificação, implantação do programa pela informática”, enumera Luciana.
A médica acredita que a utilização do Sistema Manchester gerará benefícios. “Para os pacientes, ele aprimora a classificação, mantendo a segurança de que aqueles que precisam de cuidados de urgência e emergência recebam-nos de forma adequada e rápida, por meio de fluxogramas de classificação diferenciados, aumentando a agilidade do atendimento de pacientes graves”, destaca. “Indiretamente, ao ser classificado como prioridade pouco urgente ou não urgente, tranquiliza-se o paciente de que sua condição não é urgente e que ele pode aguardar em segurança pelo atendimento.”
Luciana pondera que o sistema é muito eficiente em sua definição de prioridades. “Tudo o que lemos sobre os hospitais que já o implantaram demonstra melhoria no atendimento ao paciente não somente nas unidades de urgência e emergência, mas, também, nas de internação e nos indicadores de qualidade.”
O vice-presidente da Unimed Sorocaba, Paulo Hungaro Neto, relata que o Protocolo de Manchester possui validação internacional e garantia de que a classificação de riscos não sofre influência subjetiva do avaliador. O Sistema de Triagem de Manchester é uma metodologia científica que confere classificação de risco para os pacientes que buscam por atendimento em uma unidade de pronto-atendimento. Tal classificação é feita por meio das cores vermelha, laranja, amarela. verde e azul. Cada uma trabalha com a classificação do atendimento, priorizando os sintomas mencionados pelo cliente. Atualmente, a Escala de Manchester assume um contexto de “boas práticas” e é uma forte ferramenta de gestão em hospitais de ponta.