Pesquisa recente realizada pelo Instituto de Assessoria Mercadológica & Mercadométrica (IAM&M) mostra que, de 2002 a 2012, o consumo de vinhos dobrou de volume no país, passando de 81 milhões de litros para 176 milhões de litros. Trata-se de uma média de crescimento de 8% ao ano. O consumo per capita também acompanhou o ritmo, saltando de 0,71 litro para 1,26 litro por ano, o que representa, aproximadamente, 7% a cada doze meses.
O levantamento relaciona, ainda, o crescimento econômico à “descoberta” do vinho pela nova classe média. O consumo pelas classes C e D cresceu 23,8%, alcançando 0,52 litro per capita. Contudo, o consumo das classes A e B ainda é superior, com crescimento de 57%, passando de 1,82 para 2,85 litros por pessoa. O Sudeste é a região que representa cerca de 60% do consumo brasileiro, à frente do Sul (25%), que detém a maior parcela de produção vitivinícola nacional.
Com um cardápio refinado e uma carta de vinhos eclética, formada por em torno de 150 rótulos mantidos em adega climatizada e à vista dos clientes, o La Doc Gastronomia, de Sorocaba, costuma abrir uma média de 700 garrafas de vinhos, espumantes e champanhes por mês. “Adquirimos essas bebidas de algumas importadoras, como Mistral, Grand Cru, Adega Alentejana e Decanter”, conta Osmânio Luís Rezende (foto), sócio do restaurante.
Na linha dos proseccos, a maior quantidade de rolhas estouradas é do Bottega Millesimato Brut (Bottega). Entre os espumantes, o destaque fica para o Ferrari Maximum Brut. Já entre os brancos, o italiano Verdicchio dei Castelli di Jessi DOC Clássico 2012 (Garofoli) é um dos mais requisitados, paralelamente ao francês Vouvray 2010 (Domaine Guy Saget) e ao português Paulo Laureano Premium Branco 2012 (Paulo Laureano).
Vinte e cinco por cento dos pedidos de vinhos no La Doc são de tintos italianos, com destaque para o Montepulciano d’Abruzzo 2010 (Masciarelli), Valpolicella Classico Campo del Biotto 2012 (Michele Castellani) e o Brancaia Ca´Marcanda Magari IGT Toscana 2009 (Ca’ Marcanda/Gaja).
De acordo com Rezende, o tinto argentino preferido por seus habitués é o Uxmal Alto Cabernet Sauvignon/Merlot 2011 (Bodegas Uxmal). Da Espanha, ele conta, o Tarima Monastrell 2011 e Quinta da Sardonia 2008 (Pingus) também são muito apreciados por seus clientes, assim como o Paulo Laureano Reserve 2010 (Paulo Laureano), de Portugal, muito visto nas mesas do La Doc. “Não podemos deixar de citar o Banyuls Rouge 2009 (M. Chapoutier), um vinho próprio para acompanhar doces à base de chocolate.”