Quem foi a “paciente tóxica” que levou médicos e enfermeiros a serem internados?

Em fevereiro de 1994, a americana Gloria Ramirez (31) deu entrada no Hospital Riverside, na Califórnia (EUA). Porém, numa curiosa reviravolta, quem precisou de tratamento foram os médicos e enfermeiros que a atenderam.

Gloria era vítima de câncer de colo de útero, já em estágio avançado. Na sala de emergência, suas palpitações evoluíram para uma parada cardíaca, exigindo desfibrilação. Porém, logo que os plantonistas descobriram o tórax da paciente, eles se depararam com uma camada oleosa e de odor forte.

Não demorou até que todos os médicos desmaiassem, um após o outro. 

Ao todo, os 32 funcionários do hospital que entraram em contato com Gloria apresentaram sintomas como apneia, pancreatite, hepatite, tremores e necrose vascular.

No mesmo dia, a “paciente tóxica” morreu. As causas foram atribuídas a uma obstrução renal. Para analisar e transportar seu corpo, os patologistas vestiram trajes similares aos de astronautas, garantindo segurança contra um inimigo invisível e misterioso.

Qual a explicação mais aceita?

A autópsia de Gloria sugeria que ela havia usado o solvente dimetilsulfóxido para amenizar dores pelo corpo. Porém, devido às complicações nos rins, a substância pode ter se acumulado no organismo, convertendo-se em dimetilsulfona. Com o choque da desfibrilação, o material se transformou em sulfato de dimetilo, reconhecidamente venenoso.

Há suspeitas, também, de que a culpa fosse inteiramente do hospital: em outras ocasiões, a instituição havia sido notificada por descarte inadequado de resíduos. Alguns acreditam que a verdade sobre Gloria Ramirez nunca chegará ao público.

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