O Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região (Simesul) está preocupado com algumas medidas que poderão ser tomadas pela Prefeitura de Sorocaba nos próximos dias. Elas se referem à Policlínica Municipal e às Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) da Zona Norte, Zona Oeste, Laranjeiras, Brigadeiro Tobias e São Guilherme.
Em relação à Policlínica, existe a intenção de fazer a reforma e o fechamento – provisório ou definitivo – do local. O presidente do Simesul, Eduardo Cruells Vieira, lamenta que “a estrutura física daquela unidade histórica, inaugurada na gestão do prefeito Renato Amary, tenha se deteriorado por falta de manutenção do prédio”. Ele recorda, ainda: “Não há a necessidade de fechamento da Policlínica enquanto se fizer a devida reforma. Para a cidade, será uma grande perda a descontinuidade de um serviço de especialidade tão importante”.
Cruells indica que também existe a intenção de terceirizar o serviço da Policlínica e das UPAs e Unidades Pré-Hospitalares. “Esta seria uma confissão de incapacidade gerencial, uma vez que as unidades de saúde terceirizadas não mostraram melhor atendimento, nem menor custo ao município. Além disso, é um desrespeito ao Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre a prefeitura e o Ministério Público”, pontua.
O presidente do Simesul comenta que, neste termo, a prefeitura se compromete a não terceirizar as unidades já em funcionamento. “O Simesul aplaudirá todas as iniciativas que visem melhorar a assistência à população, mas não aceitará ações que enfraqueçam o Sistema Único de Saúde (SUS).” Paralelamente, são imperativos novos concursos públicos para recompor o quadro de funcionários, perdido ao longo dos últimos anos, seja por demissão ou aposentadoria.
“Não serão resoluções heterodoxas, como a terceirização, que solucionarão o problema. Pelo contrário: estas resoluções têm se mostrado desastrosas. O Simesul está preparado para tomar todas as medidas jurídicas cabíveis para que o TAC seja cumprido pela prefeitura”, alerta Vieira.