Na década de 90, foi um transplante de medula óssea que salvou a vida do americano Samuel Boudreau (21). Vinte anos mais tarde, foi a vez de seu pai, David (51), passar pelo mesmo procedimento.
Com apenas um ano e meio de vida, Samuel havia sido diagnosticado com a anemia de Fanconi. Esta condição genética exige transplante de medula óssea, a fim de evitar a falência do tecido.
Felizmente, seu irmão mais velho, Sylvain, se revelou um doador compatível.
“As chances de isto acontecer são de apenas 25%”, esclarece David. “Após o transplante, Sylvain pediu como presente vários carrinhos de brinquedo. Eu lhe prometi o mundo.” Pelos próximos sete anos, Samuel fez várias visitas ao hospital. “Só faltava termos canecas com nossos nomes, de tanto que frequentávamos o espaço”, lembra-se o pai.
Em 2016, foi a vez de David submeter-se ao mesmo transplante.
Alguns anos antes, em 2010, ele havia notado um pequeno nódulo perto do seu pescoço. Tratava-se de um linfoma não-Hodgkin, câncer que acomete o sistema imunológico. Quando vários tratamentos falharam, sua última esperança era um transplante de medula óssea.
Havia apenas 50% de chances de encontrar um doador compatível. “Era questão de vida ou morte”, declarou David. Quem salvou sua vida foi um canadense, Cory Sandstra (35). “Eu disse a ele que não sabia se deveria chamá-lo de irmão, anjo ou ambos.”
Curiosamente, Cory havia se cadastrado como doador nos anos 90. Ele ainda estava na escola e foi encorajado por um colega de classe. “Você nunca sabe o que esperar. Não sabe quem está do outro lado, a quem você está ajudando.”
Quer se tornar doador também?
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer tem um site voltado a esclarecer todas as dúvidas sobre este tema. Para cadastrar-se como doador de medula óssea, basta ir ao hemocentro mais próximo.