Raramente o médico Roger White, co-diretor do setor de Ambulância da Mayo Clinic (EUA), usa a palavra “incrível” para explicar sua rotina. Porém, nenhum outro termo é mais apropriado para descrever o dia em que 24 pessoas (sendo 20 enfermeiros voluntários) passaram 96 minutos praticando, incansavelmente, massagem cardíaca num paciente de 54 anos.
“Se ele não recebesse este procedimento, não teria sobrevivido”, pontuou Roger. “Isso fez toda a diferença.”
O incidente ocorreu na pacata cidade de Goodhue, que tem menos de mil habitantes. Howard Snitzer estava saindo do mercado quando sofreu um infarto. Os funcionários do estabelecimento logo pediram socorro. O único cliente que continuava lá, Candace Koehn – um agente penitenciário fora de serviço – não hesitou em começar uma massagem cardíaca em Howard. Logo vieram também Roy e Al Lodermeier, que têm uma loja de reparo automotivo localizada no outro lado da rua.
Em seguida, um total de vinte enfermeiros voluntários chegou para atender ao chamado.
“Fizemos uma fila. Se uma pessoa se cansasse de fazer a ressuscitação cardiopulmonar, ela poderia trocar de lugar com alguém”, contou Roy. Quando os paramédicos chegaram num helicóptero, se depararam com uma cena impressionante. A enfermeira Mary Svoboda, da Mayo Clinic, comentou: “Era inacreditável. Havia uma fila com umas 20 pessoas, todas revezando entre si, para ajudar o paciente”.
Foi necessário desfibrilar Howard 12 vezes. Em seguida, foram administrados medicamentos intravenosos. Quando seu coração voltou a bater normalmente, ele foi levado ao hospital.
Howard ficou internado durante dez dias. Hoje, milagrosamente, ele está bem. “Meu coração não bombeava nada. A única coisa fazendo meu sangue correr eram os voluntários”, emocionou-se.
(Via ABC News)