Do lado oposto do consumismo e da obsolescência programada, resiste uma técnica japonesa milenar: o kintsugi. Em vez de jogar fora objetos de cerâmica quebrados, os artesãos encaixam e unem os fragmentos usando verniz polvilhado com ouro.
As “cicatrizes” permanecem à vista – mas são justamente elas que trazem beleza, contam uma história e valorizam a peça reparada.
O processo de secagem do ouro sobre a cerâmica pode demorar meses. É um verdadeiro exercício de calma e paciência.
Tudo isso não parece uma fascinante metáfora sobre como nós lidamos com nossos defeitos e fracassos? Diante das adversidades, é preciso ter sabedoria e equilíbrio para nos recuperarmos – e sairmos como pessoas ainda melhores.