Descendente de irlandeses e americanos, Nellie Bly foi pioneira no jornalismo investigativo no século 19. Foi seu trabalho árduo que expôs ao mundo os abusos praticados dentro de instituições psiquiátricas.
Nellie nasceu nos EUA, em 1864, sob o nome Elizabeth Jane Cochran. Órfã de pai, ela descobriu o amor pela escrita ainda na infância.
Em sua carreira jornalística, ela se interessou pelo ramo investigativo, trabalhando com Joseph Pulitzer no jornal New York World. Nellie dava voz às pessoas mais pobres e esquecidas pela sociedade.
Seu trabalho de destaque foi fingir um diagnóstico de transtorno mental para ser internada no Hospício da Ilha Blackwell para Mulheres Loucas (em tradução livre). A jornalista passou 10 dias ali.
“Os pacientes recebem tanta morfina e sedativos que acabam enlouquecendo. Eles imploram por água, mas as enfermeiras se recusam a oferecer um copo. Eu mesma chorei, pedindo água, até minha boca ficar tão seca que não conseguia falar”, narrou Nellie.
O relato completo está disponível no livro “Ten Days in a Mad-House”.
Mais tarde, em 1889, Nellie seguiu para sua próxima grande aventura: inspirada pelo livro “Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Julio Verne, ela percorreu mais de 40 mil quilômetros, viajando de navio a vapor, barco, trem, cavalo e burro. Sua viagem ao redor do globo levou 72 dias, estabelecendo um recorde mundial.